quarta-feira, 16 de abril de 2014

Muse: 7º álbum a caminho, quais as expectativas?

O passado fim-de-semana foi o primeiro de dois do famoso festival Coachella.
Para quem nunca ouviu falar do Coachella é simplesmente o festival onde todas as estrelas de Hollywood (e não só) se juntam anualmente para este grande festival que é composto por 2 fins-de-semana.
Para quem já ouviu falar sabe que as meninas gostam imenso do Coachella por causa dos “outfits” que as estrelas usam, pessoalmente interesso-me também pelos concertos e pelo seu alinhamento. Estava eu portanto, a “estudar” o alinhamento do cartaz este ano e vi que os Muse iam tocar nesse preciso fim-de-semana. Pus-me a pensar que, realmente, há já muito tempo que não ouvia falar dos Muse, muito menos ouvia a sua música há algum tempo. Fui pesquisar então se havia por ventura alguma novidade que me tivesse escapado e não é que havia mesmo? No rescaldo do festival, Dominic Howard (o baterista) disse em entrevista que os Muse se iam enfiar num estúdio e começar a preparar o 7º álbum a partir de Maio (7º Já? What?), porém não deram certezas se, este, seria ainda lançado no final deste ano, mas que provavelmente a data de lançamento seria para o próximo ano. A entrevista é complementada ainda com a possibilidade do estilo do novo álbum vir a romper com as tendências utilizadas no “The Resistance” (2009) e “2nd Law”(2012), aquele estilo mais electrónico (dubstep), sinfónico e orquestral para se voltarem a ligar ao “basics”, penso que seja um ponto positivo... a ver vamos.
Olhando para o seu percurso, tenho que admitir que outrora os Muse já estiveram no meu TOP de bandas favoritas, porém após os últimos dois álbuns essa posição foi descendo gradualmente. Não que tenham perdido qualidade, porque nunca a perderam, sinceramente foi porque fugiram um bocado ao seu estilo inicial tornando-se demasiado comerciais. Eu gostava imenso deles por serem demasiado irreverentes á sua época, de tal maneira que cada música parecia algo vindo de outro Mundo por ser algo tão excêntrico.
Os Muse são aquela banda que são incansáveis em palco, dão concertos fenomenais já para não falar que Matt Bellamy, bem, é um génio da música e da performance como não se vê em muitas bandas, e que diz ser muito influenciado por Jeff Buckley*. 
Formaram-se originalmente em 1994, mas lançaram apenas o seu primeiro albúm de estúdio em 1999 “Showbiz” onde se destacam as músicas “Muscle Museum” e “Sober”. Em 2001 começa o percurso dourado quando lançam o mítico “Origin of Symmetry” ao qual se destacam “Plug in baby”, “Feeling good” e “Space Dementia”. Em 2003 lançam o também excelente álbum “Absolution” onde se destacam “Time is running out”, “Sing for absolution”, “Stockholm Syndrome”  e “Hysteria”. Em 2006, lançam o “Black Holes and Revelations ,onde se destacam “Starlight”, “Supermassive Black Hole”, “Map of the Problematique”,  “Assassin”, “City of delusion” e “Knights of Cydonia”.
Em 2009 sai “The Resistance” que na altura não recebeu muitas críticas boas porque, lá está, começaram a desviar-se do estilo original. Mesmo assim, destaco “Uprising”, “Resistance”, “Guiding Light” e “MK ultra”. E por último (até agora) em 2012 lançam “The 2nd Law” que deixa mesmo um pouco a desejar destacando apenas “Supremacy”, “Panic Station” e “Madness”, ah! Não esquecendo também “Survival” que foi seleccionada como uma das canções dos Jogos Olímpicos de Verão de 2012.
Posto isto, fizemos uma pequena viagem pelo percurso promissor dos Muse, que tal como quase todas as bandas teve um caminho menos bom com os dois últimos álbuns, porém não podemos parar de elogiar os Muse porque são, de facto, uma banda extraordinária e única pela sua irreverência e excentricidade e fica aqui também os votos de sucesso para o novo álbum que se avizinha!


*outro mestre da música, para quem não conhece ou não leu, vejam a crítica por mim lançada há umas semanas.


Genésia Freitas

Sem comentários:

Enviar um comentário