quarta-feira, 12 de março de 2014

Jeff Buckley: a star gone too soon?

Esta semana, decidi prestar a devida homenagem a um grande artista dos anos 90 que, infelizmente, já não esta entre nós. Se me permitem, digo que Jeff Buckley, em muitos aspectos, se assemelha a Kurt Cobain. Ambos eram artistas que estavam a ter enorme sucesso, eram talentosos e sobretudo "good-looking" e que, tragicamente, morrem inesperadamente, deixando os fãs destroçados. Felizmente, a alma de Jeff Buckley continua presente nos nossos dias e realmente não consigo imaginar como seria o mundo se Jeff ainda existisse. 
Nasceu em Orange County , e denota-se que herdou a sua veia musical através do seu pai Tim Buckley que, na altura dos anos 70, era um eclético cantor de folk que morreu em 1975, vitima de overdose de drogas, Jeff dizia que o pai tinha tido uma vida complicada. Nunca passou muito tempo com ele, apenas com a sua mãe e o seu padrasto. Mais jovem, Jeff Buckley mudou-se para Manhattan onde começou a actuar em concertos intimistas ou também a lavar pratos num clube de folk. A voz herdada do seu pai, o seu "good-looking" e o seu sentido de humor, cedo o levaram a ter fãs e mais tarde a um contrato com a Columbia onde lá gravou o seu primeiro álbum de 4 musicas "Live at Sine", em 1993.
Nos seus concertos cantava, frequentemente, músicas de Leonard Cohen, Edtih Piaf e Van Morison. Em 1994, editou o seu único albúm de originais, o grandioso albúm "Grace" onde se destaca a música "Last Goodbye" ou "Hallelujah". Nos anos a seguir, Jeff participava nos albúns dos Jazz Passengers, John Zorn, Patti Smith, Rebecca Moore, Brenda Khan, Shudder to Think e Inger Lorre dos Nymphs. mas tambem em concertos sob alianças poderosas como Possessed dos Elves, Crackrobats, Smackrobiotic e Puppet Show Named Julio. Buckley estava em Memphis para preparar o seu segundo álbum que supostamente era para ser começado a gravar a 30 de Junho, já tinha preparado dezenas de musicas para gravar nesse albúm.
 Dizia-se que coisas estranhas se passavam quando Jeff abria a sua boca para cantar, num momento ele era um cantor com sonoridade de Blues e depois um cantor de Jazz cuja voz acrobática nos levava numa viagem entre cigarros e memórias do passado. A última coisa de que nos lembramos é a sua idade, tinha apenas 26 na altura. De facto, Jeff era um deus com um carisma, uma voz, e um talento na guitarra incríveis, aconselho vivamente que para quem ainda não conhece que oiçam as suas músicas. É um artista extraordinário e tenho a certeza que muito ficou ainda por escrever nas suas músicas e muito a transmitir ao mundo, que para ele era um Mundo ao qual ele não pertencia. 
Uma verdadeira estrela que morreu em 1997, quando nadava num lago com um amigo em Memphis, tendo morrido afogado e o seu corpo apenas foi encontrado dias mais tarde por um turista que passeava num barco. Jeff tinha 30 anos.

 "There are rhythm-and-blues singers who can match Mr. Buckley's technique, but most of them use their skills to portray love as a realm of simple, escapist sweetness. Mr. Buckley finds turbulence instead; in "Last Goodbye," his determination to break up crumbles when memories and passion overwhelm him, even though he knows better: "It makes me so angry, because I know that in time I'll only make you cry."" - in The New York Time, 26 de setembro de 1994

 "The one person who doesn't care for the talk is the source of it all. "The music business is the most childish business in the world," Mr. Buckley said one morning last month at a downtown bistro. "Nobody knows what they're selling or why, but they sell it if it works." Mr. Buckley, whose hair is cut in a short, modestly spiky buzz, pauses and shoots an intense stare out the window. "There was a woman outside who was talking to someone, and I was trying to guess from her eyes what she sounded like," he said softly. "You can tell everything from the eyes.""- in The New York Times, 24 de Setembro de 1993


Aqui ficam as sugestões:
Jeff Buckley - Hallelujah
Jeff Buckley - Lover, You Should've Come Over





Genésia Freitas

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