Explodiram nos anos 90 depois de muitos
acharem que os mesmos não passavam de uma mera brincadeira. Com base
numa grande amizade aliada a um forte companheirismo, criaram um
estilo completamente diferente e fresco, foi o início de uma
revolução. Venderam álbuns aos milhões, deram concertos por todo
o mundo, tiveram problemas com drogas, perderam pessoas queridas pelo
meio, mas no final, tiveram uma carreira que dura até aos dias de
hoje. Estes “Chanfrados” do Rock merecem a nossa homenagem esta
semana, mas quem são eles? A resposta: Red Hot Chili Peppers.
Anthony Keidis, Hillel Slovak e
Michael “Flea” Balzary conheceram-se nos tempos de escola, onde
criaram uma forte amizade, que com o tempo apenas se fortaleceu.
Hillel começou a tocar guitarra quando fez 13 anos e ensinou Flea a
tocar baixo, Flea que já era considerado um musico talentosíssimo a
tocar trompete e que não gostava de Rock, até Hillel lhe mostrar
Jimi Hendrix e Led Zeppelin. Após terminarem o liceu, ambos começam
a trabalhar para formar uma banda, enquanto o seu mútuo amigo,
Anthony estudava cinema, mas acabou por desistir, juntando-se aos
seus amigos e ao baterista Jack Irons num concerto para formar os Red
Hot Chili Peppers.
Começaram a dar concertos e num
concerto em especial, quando o público fazia a conhecida “encore”,
eis que eles apareceram novamente... Com apenas uma meia a tapar os
genitais. Levaram os fãs à loucura e passados apenas seis meses,
após o “Show das Meias” assinaram contracto com uma editora.
O primeiro álbum passa despercebido,
mas o segundo, “Freaky Styley” e o terceiro “The Uplift Mofo
Party Plan” já começam a ser levados em conta pelo público e
embarcam em tour, que se tornaria fatal, pois levou a que os
problemas que(já) existiam com drogas, piorassem e posteriormente
Hillel Slovak que com Anthony Keidis lutava contra o vício em
heroína, morre vítima de uma overdose.
Os Red Hot param por uns tempos para
pensarem no que seria dali para a frente e o baterista Jack Irons
abandona o grupo, no entanto Flea e Anthony não queriam deixar
morrer aquilo que tinham criado com Hillel e decidem portanto seguir
em frente.
Como guitarrista entra para a banda
um jovem de 18 anos chamado John Frusciante, e para baterista foi
escolhido Chad Smith, isto após mais de 30 audiências de
bateristas, sendo Chad o ultimo e considerado o mais explosivo e
ideal para a banda.
Em 1989 lançam o disco “Mother's
Milk” com músicas como “Johnny Kick a Hole in the Sky” ou
“Knock Me Down” e é aqui que os Red Hot começam a ter realmente
sucesso. Era mais um passo para conquistarem o mundo com o seu estilo
único.
Após uma tour de divulgação de
“Mother's Milk” e já em 1992, é lançado o álbum “Blood,
Sugar, Sex, Magik”. O disco é um sucesso entre o público e a
nível comercial também, chegando a vender nada menos d que 19
milhões de cópias, sem dúvida algum, um dos seus maiores sucessos.
Embarcar noutra tour e é aqui que as coisas pioram. O jovem
guitarrista John Frusciante, não estava a lidar bem com a fama e a
maneira de se apresentar em palco estava diferente, pois não parecia
divertir-se nem tocar com gosto em público, o que juntamente com um
problema com drogas, o fez sair da banda por iniciativa própria.
Os Red Hot editaram um álbum com
Dave Navarro(guitarrista dos Jane's Addiction) - “One Hot Minute”
- um álbum mais melancólico e inspirado na morte de Kurt Cobain,
que era amigo da banda e noutros problemas pelos quais a mesma
passava.
Dave Navarro sai da banda em 1998 e
eis que surge um regresso milagroso. John Frusciante que com a ajuda
dos seus amigos e ex-companheiros de banda recuperou dos seus
problemas com drogas e foi convidado para reintegrar a banda,
preparando assim os maiores sucessos comerciais da banda.
Para marcar o retorno de Frusciante à
banda, os Red Hot lançam um dos seus melhores álbuns:
“Californication”. Esta álbum contém músicas excepcionais como
“Scar Tissue”, “Californication”, “Otherside”, “Around
The World” ou “Savior”. Esta álbum foi seguido por “By The
Way” de 2002 e por “Stadium Arcadium”, um álbum duplo de
material novo lançado em 2006 contendo grandes êxitos como “Dani
California”, “Tell Me Baby” ou “Desecration Smile”. Após
este álbum os Red Hot lançaram o álbum “I'm With You”
novamente sem John Frusciante que foi substituído por Josh
Klinghoffer.
Apesar de vários altos e baixos, os Red Hot Chili Peppers foram e são verdadeiros ícones e marcaram tal como outras bandas já aqui mencionadas, mas no entanto, foram os grandes “Chanfrados” do Rock e autênticos leões de palco, que mostraram que às vezes uma amizade pode ser a melhor coisa para que o sucesso se torne real. A nossa homenagem aos Red Hot Chili Peppers.
Bernardo Mascarenhas
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