quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

The Doors - O Mito de uma Geração

Antes de começar a leitura, cliquem neste link. "Ouvidos Bem Abertos"!
 http://www.youtube.com/watch?v=Ww-qVcLm97c

“Common' baby light my fire...”, soa-vos familiar? Acredito que sim, “Light My Fire” foi apenas uma de muitas e lendárias canções interpretadas pelo “Rei Lagarto” - Jim Morrison - pelo grande guitarrista(apesar de muitas vezes esquecido quando se fala de músicos influentes) - Robby Krieger – o teclista altamente dotado e que tornaria as canções mais que inconfundiveis - Ray Manzarek – e pelo enorme baterista que influenciou sem duvida os bateristas que apareceram a seguir a si – John Densmore – nome da banda a que me refiro? A resposta é simples: The Doors.
Mas o que tem de especial esta banda dos anos 60? Tem muito de especial, e penso que dizer apenas isso, é pouco.
Um baterista baseado no Jazz, um teclista que se influenciou muito no Chicago Blues, um guitarrista pioneiro no “slide”(que na sua época não era mais que um gargalo de uma garrafa) e com solos fantasticos, sem usar palhetas, apenas dedilhando e finalmente um vocalista e frontman, para muitos considerado o melhor na sua função de liderar a banda em palco e com uma voz inconfundível.
De onde surgiu esta banda mítica? De onde veio este “Mito de uma Geração”? Como é que 4 rapazes de 20 e poucos anos influenciaram a sociedade que sempre foi marcada por contrastes como os E.U.A?
Os “Doors” nascem quando Jim, se ausenta uns meses após desistir de estudar cinema em UCLA(Universidade da Califórnia em Los Angeles), voltando para a California, encontra Ray e conta ao mesmo o que tem andado a fazer. Jim escrevera, pensara e imaginara todo um concerto na sua cabeça, e a primeira música que mostra ao seu amigo Ray é “Moonlight Drive” e uns meses depois, juntamente com John e Robby, em Los Angeles, California, nascem os Doors.
Começam por escrever canções(na altura, todas escritas por Jim e eram essencialmente poemas para a sua eterna amada Pamela Morrison) como “Break On Through(To the Other Side)”. Mas a complexidade das letras, assim como a estranheza dos temas, deixava os restantes membros da banda um pouco reticentes. Jim pede que todos escrevam uma canção para o ensaio seguinte, mas apenas Robby faz os “trabalhos de casa”. Com a sua guitarra e uma melodia suave nasce então, “Light My Fire”.
Começam a tocar em bares e também a dar nas vistas, e numa actuação fascinante no “Whisky a Go Go”(casa que lançou bandas que falaremos noutras crónicas), depois de tocarem a canção “The End”, são despedidos literalmente à pancada pelo dono do clube, mas momentos após serem “despejados”, os Doors são recrutados por Jack Holzman, dono da Elektra Records e com o produtor Paul Rothchild, gravam e editam em apenas 6 dias o seu primeiro álbum intitulado apenas: “The Doors”.
Muito se fala e especula em relação aos Doors, mas em especial devido à vida de Morrison. Uma vida marcada pelo excessivo consumo de alcóol e de substâncias que, segundo o mesmo, servia para auxiliar a banda que, através da música, chegaria ao outro lado tal como na canção “Break On Through”.
Uma banda dotada de talento, um vocalista fantástico, um frontman que a muitos faz inveja, escândalos relacionados com a polícia, um incitador nato que fez mover a sua geração gerando rebeliões, sendo por muitos visto com um inimigo público e por outros uma espécie de Messias, para mim, um verdadeiro poeta, um ícone, um deus do Rock&Roll!
Infelizmente, em 1971, após anos de consumos elevados e muito Rock&Roll, Morrison com apenas 27 anos falece em Paris. Faleceu depois de dois outros membros do infelizmente conhecido “Clube dos 27”: Jimi Hendrix e Jannis Joplin.
Para trás, deixou a sua amada Pam, muita poesia e músicas fantásticas que criou com os seus companheiros.Os Doors, sem dúvida alguma, um Mito de uma Geração!

Sugestões:
-Light My Fire;
-The End;
-Ghost Song;
-Roadhouse Blues;
-Break On Through(To the Otherside)
e muitas mais!!

Outras sugestões:
- Documentário “When You're Strange”(2010)
- Filme “The Doors – O Mito de uma Geração”(1991)


                                                                                              Bernardo Mascarenhas

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