Antes de começar a leitura, cliquem neste link. "Ouvidos Bem Abertos"!
http://www.youtube.com/watch?v=Ww-qVcLm97c
“Common' baby light my fire...”,
soa-vos familiar? Acredito que sim, “Light My Fire” foi apenas
uma de muitas e lendárias canções interpretadas pelo “Rei
Lagarto” - Jim Morrison - pelo grande guitarrista(apesar de muitas
vezes esquecido quando se fala de músicos influentes) - Robby
Krieger – o teclista altamente dotado e que tornaria as canções
mais que inconfundiveis - Ray Manzarek – e pelo enorme baterista
que influenciou sem duvida os bateristas que apareceram a seguir a si
– John Densmore – nome da banda a que me refiro? A resposta é
simples: The Doors.
Mas o que tem de especial esta banda
dos anos 60? Tem muito de especial, e penso que dizer apenas isso, é
pouco.
Um baterista baseado no Jazz, um
teclista que se influenciou muito no Chicago Blues, um guitarrista
pioneiro no “slide”(que na sua época não era mais que um
gargalo de uma garrafa) e com solos fantasticos, sem usar palhetas,
apenas dedilhando e finalmente um vocalista e frontman, para muitos
considerado o melhor na sua função de liderar a banda em palco e
com uma voz inconfundível.
De onde surgiu esta banda mítica? De
onde veio este “Mito de uma Geração”? Como é que 4 rapazes de
20 e poucos anos influenciaram a sociedade que sempre foi marcada por
contrastes como os E.U.A?
Os “Doors” nascem quando Jim, se
ausenta uns meses após desistir de estudar cinema em
UCLA(Universidade da Califórnia em Los Angeles), voltando para a
California, encontra Ray e conta ao mesmo o que tem andado a fazer.
Jim escrevera, pensara e imaginara todo um concerto na sua cabeça, e
a primeira música que mostra ao seu amigo Ray é “Moonlight Drive”
e uns meses depois, juntamente com John e Robby, em Los Angeles,
California, nascem os Doors.
Começam por escrever canções(na
altura, todas escritas por Jim e eram essencialmente poemas para a
sua eterna amada Pamela Morrison) como “Break On Through(To the
Other Side)”. Mas a complexidade das letras, assim como a
estranheza dos temas, deixava os restantes membros da banda um pouco
reticentes. Jim pede que todos escrevam uma canção para o ensaio
seguinte, mas apenas Robby faz os “trabalhos de casa”. Com a sua
guitarra e uma melodia suave nasce então, “Light My Fire”.
Começam a tocar em bares e também a
dar nas vistas, e numa actuação fascinante no “Whisky a Go
Go”(casa que lançou bandas que falaremos noutras crónicas),
depois de tocarem a canção “The End”, são despedidos
literalmente à pancada pelo dono do clube, mas momentos após serem
“despejados”, os Doors são recrutados por Jack Holzman, dono da
Elektra Records e com o produtor Paul Rothchild, gravam e editam em
apenas 6 dias o seu primeiro álbum intitulado apenas: “The Doors”.
Muito se fala e especula em relação
aos Doors, mas em especial devido à vida de Morrison. Uma vida
marcada pelo excessivo consumo de alcóol e de substâncias que,
segundo o mesmo, servia para auxiliar a banda que, através da
música, chegaria ao outro lado tal como na canção “Break On
Through”.
Uma banda dotada de talento, um
vocalista fantástico, um frontman que a muitos faz inveja,
escândalos relacionados com a polícia, um incitador nato que fez
mover a sua geração gerando rebeliões, sendo por muitos visto com
um inimigo público e por outros uma espécie de Messias, para mim,
um verdadeiro poeta, um ícone, um deus do Rock&Roll!
Infelizmente, em 1971, após anos de
consumos elevados e muito Rock&Roll, Morrison com apenas 27 anos
falece em Paris. Faleceu depois de dois outros membros do
infelizmente conhecido “Clube dos 27”: Jimi Hendrix e Jannis
Joplin.
Para trás, deixou a sua amada Pam,
muita poesia e músicas fantásticas que criou com os seus
companheiros.Os Doors, sem dúvida alguma, um Mito de uma Geração!
Sugestões:
-Light My Fire;
-The End;
-Ghost Song;
-Roadhouse Blues;
-Break On Through(To the Otherside)
e muitas mais!!
Outras sugestões:
- Documentário “When You're Strange”(2010)
- Documentário “When You're Strange”(2010)
- Filme “The Doors – O Mito de uma
Geração”(1991)
Bernardo Mascarenhas
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